terça-feira, 27 de setembro de 2016

O PIOR VENENO DO MUNDO: " O RÓTULO"

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." 
 Albert Einstein.

Hoje quero refletir sobre os rótulos que nós colocamos uns nos outros os problemas que isto poderá vir a acarretar no nosso futuro.

Acaba parecendo natural que socialmente ou profissionalmente, as pessoas coloquem rótulos umas nas outras sem se preocuparem  no mal que poderão fazer e nas consequências futuras que as coloca.

Aqui damos nomes como: preconceitos, separação, bullying, falta de respeito, apelido, perfilamento ou até mesmo tratamos como coleguismos etc…

Quando rotulamos, tratamos a pessoa segundo as características deste rótulo, deixando de lado e não levando em consideração quem realmente é a pessoa, a sua personalidade e as suas capacidades de realizações.

Lembre-se: ninguém é igual a ninguém e prejulgar (rotular) alguém a qualquer nível pessoal ou profissional pode causar prejuízos irreversíveis.


Hoje encontramos muitos selecionadores e perfiladores profissionais tratando futuros colaboradores com extremo imediatismo na hora da leitura de seus curriculuns profissionais.

 O recrutador vai fazer o possível por contratar alguém parecido com o Super-Homem, com enormes qualificações, fantástica experiência, uma atitude de sonho e por meia dúzia de tostões. Como o Super-Homem não existe, a organização vai procurar de entre a “multidão” de candidaturas por alguém que seja especial e indicado para o lugar.


Muitos selecionadores somente leem algumas linhas e se não acharem alguma coisa que pode ser de interesse de imediato logo o curriculum profissional do candidato vai para no cesto de lixo literalmente. Isto também acontece se o selecionador , por um infeliz “achismo”, considerar discriminar (rotular) os candidatos pela idade , pela quantidade de filhos menores, se mora distante, se rebaixou seu cargo profissional na carteira ou se rebaixou o seu salário.

O motivo para tanta pressa é porque eles querem ler o máximo de curriculuns no menor tempo, novamente achando que uma grande quantidade de leitura será entendido como produtividade aos olhos dos outros profissionais.

Temos também profissionais de R,H. que não se importam em deixar a triagem na mão de um estagiário ou um trainee que normalmente estará despreparado para uma seleção de qualidade.

O que os selecionadores acreditam  que é produtividade em Seleção e Recrutamento, talvez seja um grande desperdício de aquisição de futuros talentos.

Nem sempre nas primeiras atribuições do futuro colaborador estará sendo elencando todo o seu potencial. E o que os selecionadores acreditam serem desméritos dos candidatos talvez seja o motor alavancador do próprio candidato. 

Muitas vezes nas demais linhas do curriculum o selecionador poderá encontrar aquele profissional com uma melhor performance do que os outros e que irá coadunar com as expectativas profissionais que a vaga necessita.

Aquele candidato que mais se conseguir destacar positivamente dos demais vai marcar a diferença na organização. Mas para isto ele precisa ser chamado pelo menos para uma entrevista. O papel aceita tudo e é somente numa entrevista de seleção que o entrevistador terá a oportunidade de ver a personalidade daquele futuro colaborador.

Se o selecionador não apreciar as particularidades pessoais de cada candidato poderá estar perdendo futuras aquisições profissionais de ótima qualidade.

Rotular alguém é predeterminá-lo a algo inferior e considerar que aquela característica observada, muitas vezes de forma e maneira errada, possa determinar parte do caráter e personalidade da pessoa, além de ser um julgamento no qual ninguém está apto a fazer, afinal quem não tem pontos a melhorar?
Infelizmente vivemos em uma sociedade que rotula o tempo todo.

Crianças, jovens, adultos, idosos, passam por isso e precisam aprender a conviver com essa falta de sensibilidade de alguns.

Não devemos ter vergonha de  quem somos, antes de mais nada, temos que buscar sermos felizes, é para isso que estamos nesta terra, para encontrarmos a felicidade.

 No livro de Gênesis, no velho testamento, é possível aprender que todos são feitos “à imagem e semelhança de Deus” (Gênesis 1:26), somos Seus filhos.
 Não existe nada que possa determinar nossa inferioridade se nascemos de um Deus Altíssimo. Se seguirmos os desígnios que Nosso Pai determinou para nós, temos a promessa de alcançarmos a plenitude da felicidade, é isso que importa.

Portanto, toda vez que for objeto do rótulo de alguém se lembre da natureza divina que possui e de quem você é filho, do propósito de estar aqui. Talvez, a partir de então, os rótulos sirvam para que a lembrança de ser filho de um Pai Celestial amoroso venha mais vezes à mente e possa trazer-lhe mais felicidade do que tristeza, pelo estereótipo imposto.

Se ao invés de rotular, as pessoas se dedicassem a amar mais uma às outras, aceitando suas características, todos poderíamos viver em um mundo muito melhor.

"Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las".
 Madre Teresa de Calcutá.

Se é possível erradicar de vez estes preconceitos sociais e profissionais?

Acredito que possamos tentar ser mais tolerantes, compreensivos e evitar julgar as pessoas sem as conhecer, ou formar juízos de valor tomando a parte pelo todo. Mas não me parece que seja possível eliminá-lo de vez. Porque, mesmo sem querer, há de vir sempre aquele pensamento, aquela desconfiança, aquela insegurança que, embora nem sempre resulte em atitudes preconceituosas diretamente contra as pessoas em causa, está lá, mesmo que apenas na nossa mente.

Até mesmo aquelas pessoas que afirmam não ser nada preconceituosas têm, por vezes, pensamentos ou atitudes que demonstram que não é bem assim.

O que será que nos leva a rotular determinados grupos, a demonstrar preconceito por determinadas pessoas?

 Será pura ignorância, valores errados que nos foram incutidos, um perfeito absurdo, ou apenas a constatação da realidade?

É verdade que não devemos julgar o todo pela parte. Cada pessoa é como é, diferente de todas as outras, e pessoas boas e más existem em todos os grupos sociais e culturas.
Não somos melhores nem piores que ninguém então pare!


Comece  avaliando seus conceitos e preconceitos quando conhecer alguém ou selecionar um novo profissional para sua empresa, chame-o para uma entrevista e na entrevista dê uma oportunidade ao candidato de mostrar os seus melhores valores, de mostrar o seu potencial.

Dê mais tempo e tenha mas sensibilidade antes de conhecer e avaliar alguém. 

Porque só assim entenderá o valor humano que se encontra em cada um  e  o potencial incrível que poderá estar descobrindo numa outra pessoa.