quinta-feira, 18 de agosto de 2011

AS TRÊS PENEIRAS...


Olavo foi transferido de departamento.

     Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta:

     -Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...

     Nem chegou a terminar a frase, Juliano, o chefe, aparteou:

     -Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?

     -Peneiras? Que peneiras, chefe?

     -A primeira, Olavo, é a da VERDADE. 

Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?

     -Não, não tenho. Como posso saber? Foi o que me contaram. Mas eu acho que...

     E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:

     - Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? 



-Claro que não! Deus me livre, chefe! Diz Olavo, assustado.
  


       -Então, - continua o chefe-sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NESSECIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo a diante?


     - Não chefe. Passando pelo crivo dessas peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar, fala Olavo, surpreso.

     -Pois é Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? Diz o chefe sorrindo e continua:

     -Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras: Verdade-Bondade-Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, por que:

     “Pessoas inteligentes falam sobre idéias, pessoas comuns falam sobre coisas e pessoas medíocres falam sobre pessoas.”



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